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Abel Braga se emociona e diz que salvação foi “mais importante que o Mundial”

Abel treinou para apenas dois jogos, mas marcou história de novo

Herói da tarde no Beira-Rio, Abel Braga deixou a entrevista coletiva tão emocionado quanto entrou no gramado. Elogiado pelos jogadores e ovacionado pelos torcedores, apontado como o grande responsável pela permanência do Inter na Série A, o técnico de 73 anos afirmou que o “título” conquistado neste domingo, que foi a fuga do rebaixamento com a vitória por 3 a 1 sobre o Bragantino, foi mais marcante do que a conquista do Mundial de 2006, quando superou o Barcelona no Japão.

“Esse momento foi mais importante que o Mundial”, disse Abel. “Eu sei a dor que os colorados estavam sentindo, inclusive aqueles que estavam ao nosso lado. Isso me deu força para tentar tirar o time dessa situação”, afirmou.

O treinador, que chegou há apenas uma semana e comandou o time em duas partidas, foi o mais festejado pelos jogadores no apito final. Emocionado, deixou claro que este foi seu último ato à beira do campo. “Vai ter conversa (sofre ficar). Mas treinador? Acabou. Foi emocionante viver tudo isso de novo. Foi fantástico. Mas, para mim, deu. Tomei dois calmantes para ir para o jogo”, revelou.

Apesar da despedida do cargo, Abel admitiu que pretende seguir no Inter, mas em outra função. “Vamos conversar”, limitou-se a dizer. Abel contou que não hesitou quando recebeu o chamado colorado na semana passada, mesmo sob críticas de parte da torcida e alertas de familiares. “Até a minha esposa disse que era coisa de maluco voltar. Mas nunca briguei com ninguém. Saí daqui em 2021 com a sensação do dever cumprido, sabendo que nos tiraram um título no apito. Vim confiante. Achei que poderia ajudar”, afirmou.

Ele também avaliou que a campanha turbulenta no Brasileirão deve servir de lição para o clube. “Isso não pode acontecer. Não pode chegar nessa situação, pois é um campeonato muito equilibrado. O futebol é perigoso. Não pode aceitar a derrota com naturalidade, pois acaba pagando lá na frente”, afirmou.

Para Abel, apesar do peso do drama vivido, fica um aprendizado coletivo. “Fica um legado. Não só do Abel. Mas o legado é que não podemos nem pensar, nem admitir voltar a viver isso”, disse.

Promessa, alívio e um futuro incerto

O técnico evitou comentar diretamente a ideia, muito falada pela torcida, de erguer uma estátua em sua homenagem no Beira-Rio. “Não posso responder sobre estátua. Já fui homenageado com o nome do campo de treino do Fluminense, e assim, em vida, é legal. Mas vamos ver o que vai se desenrolar”, despistou, claramente lisonjeado.

Ele também lembrou 2016, quando ele não aceitou treinar o Inter na reta final do Brasileirão e o time acabou rebaixado. “Aquele momento, já esquecemos. Fica um sofrimento, pois caímos uma vez. Estou orgulhoso. Era uma coisa que eu poderia ter feito lá atrás, mas fiz agora”, declarou.

Fonte: Foto : Fabiano do Amaral, Fabrício Falkowski, Correio do Povo.

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