
Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:

Um agente público vinculado à Prefeitura de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, é alvo de mandado de prisão preventiva nesta terça-feira (12), suspeito de fingir ser advogado para aplicar golpes em colegas de trabalho. A ação é coordenada pela 3ª Delegacia de Polícia de Canoas e cumpre, além da prisão, dois mandados de busca e apreensão em Canoas e Porto Alegre.
Segundo a delegada Luciane Bertoletti, o investigado também integra uma associação de empregados municipais. Ele teria criado um grupo no WhatsApp com outros servidores e, por meio dele, passou a oferecer supostos serviços jurídicos.
A investigação aponta que o suspeito chegou a utilizar o número de registro da OAB de um advogado de Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. A Polícia Civil ainda apura o motivo para o uso indevido da inscrição.
Essas vítimas caíram porque ele se passava por advogado, inclusive assinando e indicando OAB de outro profissional. Ele dizia que ingressaria com ações judiciais, firmava contratos de prestação de serviços e prometia a liberação do FGTS para agentes públicos, explicou Bertoletti.
De acordo com a polícia, as vítimas pagavam valores entre R$ 600 e R$ 1 mil para que o falso advogado entrasse com ações. Nenhum processo, porém, foi protocolado na Justiça.
Na 3ª Delegacia de Polícia de Canoas, já existem seis registros contra o investigado. Em alguns casos, mais de uma pessoa da mesma família fez o pagamento acreditando que contratava um advogado.
A maioria das transações ocorreu na metade de 2024. Com o tempo, a ausência de resultados fez com que as vítimas passassem a cobrar informações sobre as ações prometidas.
Para manter a farsa, o suspeito teria enviado uma nota falsa supostamente assinada por um desembargador do Estado. No documento, também apareciam o número da OAB de outro advogado e o nome de um escritório. O texto alegava que, “por falhas internas”, parte das ações não havia sido impetrada e que os valores seriam ressarcidos entre 28 de março e 8 de abril, o que nunca ocorreu.
A investigação aponta que as mensagens trocadas com as vítimas incluíam promessas como: “Hoje à noite mesmo vou impetrar online a tua liminar”.
O homem, que não possuía antecedentes criminais, é investigado por estelionato, falsidade ideológica e exercício ilegal da profissão. Ele está afastado do cargo público após alegar problemas de saúde.
Fonte: Clic Camaquã