As relações entre o Executivo e Judiciário ficaram tensas na semana passada após declarações de Bolsonaro sobre a possibilidade de não realização de eleições, caso não seja aprovada no Congresso Nacional proposta que institui o voto impresso.
O presidente da República afirmou que o ministro do STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, tem interferido no Legislativo contra a medida motivado por interesses pessoais. Ele chamou Barroso de imbecil e ameaçou a eleição, o que provocou grande repercussão.
O ministro emitiu uma nota se posicionando contra a escalada de ataques do presidente. No texto, Barroso afirmou que qualquer tentativa de impedir a realização da eleição de 2022 configura crime de responsabilidade.
A última agenda entre os chefes dos Poderes ocorreu em 24 de março. Na ocasião, foi anunciada a criação de um comitê de enfrentamento à Covid-19. A medida ocorreu após uma série de críticas em relação à má administração do governo federal no combate a pandemia.