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Após regredir para bandeira vermelha, Porto Alegre tem grande movimento na Orla do Guaíba

Um dia após anúncio do governo do Estado informando que a Porto Alegre migrou para a bandeira vermelha no modelo de distanciamento controlado, que impõe mais restrições à circulação de pessoas, a Orla do Guaíba voltou a registrar grande movimento na tarde de ontem. A cena de famílias e amigos passeando pela região, muitos sem máscara, se repetiu mais uma vez no domingo, com aglomeração em vários pontos da orla. A impressão é de que boa parte da população desconhece a pandemia do novo coronavírus no país.

A presença de viaturas da Guarda Municipal e as recomendações para a população ficar em casa e evitar reuniões parecem não surtir efeito em parte do público que frequenta a região. E agora com o agravante de que boa parte ignora a orientação para uso de máscaras. Apesar do cenário de pandemia, há quem acate as recomendações das autoridades de saúde. A dona de casa Helena Quadros, que mora em Canoas, no bairro Fátima, passeou pela orla na companhia do neto Igor. Ambos usavam máscara. Mesmo assim, pararam junto a um ambulante para adquirir mais uma máscara. “A gente tá vendo menos gente passeando com máscara aqui, mas lá em Canoas notamos mais gente de máscaras”, observa.

Helena lembra que o neto de 14 anos, que mora em Alegrete, passa um período na sua casa em função da paralisação das aulas. “Tem que tomar cuidado, não é brincadeira (a doença). Tem muita gente sem máscara, crianças também. E muita aglomeração. Desse jeito não vamos conseguir diminuir nunca” destaca.

O vendedor Paulo Ricardo Rodrigues da Silva, 55, comercializa máscaras desde março na orla e na Rua da Praia. No período de alta, chegou a vender 30 peças por dia. Há três semanas percebeu redução no interesse do público no acessório. “Agora em média sai entre 3 e 4 por dia. Estou até diminuindo preço da máscara, que vendia a R$ 10, e passando a vender por R$ 8”, explica.

Ele relata que no dia a dia observa que muita gente está saindo de casa sem o acessório. E critica a falta de conscientização das pessoas. “Por mais incrível que pareça, tem pessoas que não acreditam no vírus. Muita gente acha que é um ato político, mesmo com as pessoas morrendo”, alerta.

Fonte: Foto: Fabiano do Amaral, Felipe Samuel, Correio do Povo

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