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Direção do São Paulo continuará pagando o valor da rescisão de contrato de Daniel Alves mesmo com o jogador preso

A direção do São Paulo Futebol Clube continuará depositando os valores relativos à rescisão de contrato com o lateral-direito Daniel Alves, mesmo com o jogador de 39 anos preso preventivamente na Espanha por causa de uma acusação de agressão sexual na Espanha. De acordo com reportagens publicadas na imprensa paulista, não há embasamento jurídico para justificar uma eventual suspensão dos pagamentos.

O atleta deixou o Morumbi em setembro de 2021, após participar da Olimpíada de Tóquio (Japão). Na ocasião, ele entrou em acordo para receber 60 parcelas mensais de aproximadamente R$ 400 mil por mês, totalizando assim cerca de R$ 24 milhões. Esse acerto foi feito após um longo processo de desgaste com a atual gestão do clube.

Em maio do ano passado, o São Paulo reforçou a Daniel Alves a necessidade de cumprimento de uma cláusula que proibia manifestações críticas de ambas as partes e que consta no acordo de rescisão, assinado no ano passado. Em documentário da Federação Internacional de Futebol (Fifa), o lateral comentou o período em que esteve no Morumbi e e acabou revoltando os cartolas:

“Chegou no limite, entendeu? Essa é a real. Cheguei ao meu limite. Durante a Olimpíada, pensei muito se eles estavam me fazendo bem. Quando começa a viver lindos momentos, em lugares diferentes, você passa a comparar a coisa boa com a coisa ruim. A abelha não tem tempo de ensinar para a mosca que mel é melhor do que merda”.

O São Paulo não descarta a possibilidade levar o caso à Justiça caso seu ex-atleta volte a fazer críticas ao clube. De qualquer forma, o dato é que ele nunca mais voltou a citar o clube publicamente.

Após uma nova passagem pelo Barcelona e pelo Pumas do México, no ano passado Daniel disputou a Copa do Mundo do Catar, já com 39 anos e meio. O clube mexicano, aliás, já anunciou o rompimento do contrato, por justa causa.

Circunstância da prisão

A juíza Maria Concepción Canton Martín, de Barcelona, ordenou a prisão preventiva e sem fiança de Daniel Alves. Ele foi detido na sexta-feira (20) ao comparecer voluntariamente para prestar depoimento no caso em que é investigado por agressão sexual e nega todas as acusações.

Uma fonte ligada ao processo diz que o fato de o jogador não dispor de raízes locais e de o país europeu não manter acordo de extradição com o Brasil foram determinantes para a decisão da magistrada. Também teria pesado na avaliação a grande capacidade econômica do acusado.

O caso

Na madrugada do dia 30 de dezembro, a suposta vítima alegou que foi estuprada por Daniel no banheiro da boate Sutton, em Barcelona. Segundo a imprensa espanhola, em depoimento à polícia ela relatou que o jogador a impediu de sair do banheiro, a agarrou e colocou a mão dela sobre o seu pênis, depois a jogou no chão e ordenou que fizesse sexo oral – a mulher teria recusado e resistido, mas acabou agredida penetrada com força, até a ejaculação do suposto agressor.

O depoimento não foi divulgado oficialmente. Como o crime teria ocorrido no banheiro, sem câmeras. Inicialmente, o lateral negou que isso tenha acontecido e disse que não conhecia a mulher. Depois, segundo a imprensa local, o jogador mudou a versão e afirmou que a relação foi consensual.

Testemunhas viram a mulher indo ao banheiro e depois chorando, após sair de lá. Quando a polícia chegou na boate, o jogador já havia ido embora. Conforme o jornal “El Periódico”, a polícia encontrou traços de sêmen no banheiro. Além disso, relatórios médicos apontam que a vítima tinha sinais de agressão compatíveis com estupro.

Na sexta-feira passada, o atleta veterano atendeu a um pedido dos investigadores e foi voluntariamente até a delegacia em Barcelona. Depois de prestar depoimento de 45 minutos, a juíza acatou o pedido de prisão preventiva e sem fiança, feito pela promotoria e pelos advogados da vítima.

A magistrada alegou quatro motivos para a medida: Daniel Alves não tem endereço fixo na Espanha, tem plenas condições financeiras para fugir, não há acordo de extradição da Espanha com o Brasil e há risco de obstrução de justiça pelo investigado.

O jogador mora atualmente no México, mas retornou à Espanha para o velório da sua sogra, que morreu no dia 13 de janeiro. Antes de voltar ao México, ele foi até a delegacia prestar depoimento. Ele está Agora na Penitenciária Brians 1, a 30 quilômetros do Centro de Barcelona. A Justiça espanhola não determinou um prazo para ele ser solto ou julgado. Se for condenado, poderá receber sentença de um a 15 anos de cadeia.

Fonte: Foto: Arquivo/Pumas, Redação O Sul

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