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O horário de verão, extinto em 2019, voltou a ser pauta no governo federal. Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a medida não está descartada. Apesar de afirmar que “torce” para que não seja necessária, o governo segue monitorando as condições climáticas e o nível dos reservatórios para tomar uma decisão até setembro.
Além disso, a possibilidade de retorno tem apoio técnico. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) defende a retomada como estratégia para reduzir o uso de usinas térmicas.
De acordo com Silveira, o Brasil atravessa um período crítico de chuvas abaixo da média, especialmente nas regiões Sul e Sudeste. Por isso, há preocupação com a geração de energia no período seco. Ainda assim, o ministro ressaltou que os últimos relatórios mostram uma melhora nos níveis dos reservatórios.
O governo federal avalia constantemente o cenário energético. A decisão final, no entanto, cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O ONS recomendou, em maio, que o horário de verão seja adotado novamente para “mitigar possíveis déficits de potência [energética] no período seco”. Segundo a entidade, a medida ajudaria a:
No final da tarde e início da noite, a geração solar diminui e a demanda de energia aumenta. Antes da entrada plena da geração eólica, esse “vazio” é preenchido pelas hidrelétricas e térmicas. O horário de verão poderia suavizar esse pico, promovendo um uso mais eficiente da matriz energética.
O horário de verão foi implementado de forma anual a partir de 1985, com o objetivo principal de economizar energia elétrica, aproveitando melhor a luz natural do fim do dia.
No entanto, o avanço tecnológico e a mudança nos hábitos da população reduziram sua eficácia ao longo dos anos. Em 2019, o então presidente Jair Bolsonaro revogou a medida, alegando que os benefícios já não compensavam os transtornos causados à população.
Segundo Alexandre Silveira, o governo deve concluir as análises até o fim de agosto ou início de setembro. A expectativa é de que os dados climáticos e energéticos dos próximos meses definam a necessidade de retomar ou não a medida.
Além disso, o Ministério de Minas e Energia reforçou que o tema é “permanentemente avaliado” e segue em discussão com o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE).
Fonte:Clic Camaquã