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Justiça recebe denúncia contra brigadianos que torturaram casal com saco plástico em suas cabeças. Prisão preventiva é mantida

A Justiça gaúcha recebeu denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) contra dois policiais da Brigada Militar (BM) acusados de ameaçar, torturar e roubar um casal em Novo Hamburgo (Vale do Sinos). Também foi mantida a prisão preventiva dos réus, que aparecem em imagem gravada com telefone celular por uma testemunha quando colocavam saco plástico na cabeça de uma das vítimas.

O incidente ocorreu na noite de 1º de janeiro, em um bar pertencente ao homem e à mulher. No início desta semana, a promotora Anelise Haertel Grehs, da Justiça Militar em Porto Alegre, fez a denúncia.

De acordo com ela, os PMs agrediram o casal no interior do estabelecimento e fizeram grave ameaça com uma pistola, causando sofrimento físico e mental. O objetivo da atitude criminosa por parte dos agentes de segurança pública teria sido obter informação.

Ambas sem antecedentes criminais, as vítimas estavam com dois amigos na frente ao bar, no bairro São José, quando teriam sido surpreendidas por uma abordagem truculenta. Sob a mira de uma pistola, foram revistados e obrigados a entrar no estabelecimento.

Enquanto a dupla de amigos era liberada, os donos do bar permaneceram com os dois PMs, sob porta fechada. Conforme a investigação, eles danificaram diversos itens do lugar, querendo saber a todo custo informações sobre drogas e dinheiro.

Sessão de tortura

Em determinado momento, as vítimas foram obrigadas a se deitar no chão, sob ameaças constantes. Um dos policiais teria dito: “É melhor falar, porque se nós acharmos [entorpecentes], tu vai apanhar”. Em seguida, o homem foi algemado, colocado de joelhos, agredido e submetido a sessão de asfixia com um saco de plástico na cabeça.

Quando o homem já estava quase desmaiando, os brigadianos retiraram o saco mas continuaram com o interrogatório ilegal. Não contentes com a negativa por parte do homem, eles passaram a aplicar a mesma técnica de tortura contra a mulher.

O pesadelo das vítimas só teve fim, conforme o processo, quando os PMs perceberam que alguém estava filmando os atos praticados e saíram correndo do local, deixando uma pistola e um colete balístico em cima da mesa – não sem antes roubar bebidas e R$ 250 em cédulas.

Posteriormente, os agressores retornaram ao ponto comercial para resgatar a pistola e o colete. Nesse momento, teriam voltado a infernizar a vida do casal, batendo com a pistola no peito do homem e dizendo que se o vídeo vazasse, o homem e a mulher “estariam mortos”.

Fonte: (Marcello Campos), Foto: Reprodução, Redação O Sul

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