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Lula diz que foi “vítima da maior mentira jurídica em 500 anos de história”

Após a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin que anulou todas as condenações de Lula na Operação Lava-Jato, o ex-presidente fez, nesta quarta-feira (10), um pronunciamento na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP).

“Eu sei que fui vítima da maior mentira jurídica contada em 500 anos de história”, declarou o petista. “Antes de eu ir [para a prisão], nós tínhamos escrito um livro, e eu fui a pessoa que deu a palavra final no título do livro, que é ‘A verdade vencerá’. Eu tinha tanta confiança e tanta consciência do que estava acontecendo no Brasil que eu tinha certeza que esse dia chegaria, e ele chegou”, prosseguiu.

“Eu sou agradecido ao ministro Fachin porque ele cumpriu uma coisa que a gente reivindicava desde 2016. A decisão que ele tomou tardiamente, cinco anos depois”, disse Lula. O petista chamou a força-tarefa da Lava-Jato de “quadrilha” e afirmou que ela tinha uma obsessão por condená-lo porque queria criar um partido político.

Lula disse que a decisão de Fachin, tomada na segunda-feira (08), reconheceu que nunca houve crime cometido por ele ou envolvimento do petista com a Petrobras. Com a decisão, Lula recuperou os direitos políticos.

“O processo vai continuar, tudo bem, eu já fui absolvido de todos os processos fora de Curitiba, mas nós vamos continuar brigando para que o Moro seja considerado suspeito, porque ele não tem o direito de se transformar no maior mentiroso da história do Brasil e ser considerado herói por aqueles que queriam me culpar. Deus de barro não dura muito tempo”, declarou Lula.

“Hoje, eu tenho certeza que ele [Moro] deve estar sofrendo muito mais do que eu sofri. Eu tenho certeza que o [Deltan] Dallagnol deve estar sofrendo muito mais do que eu sofri, porque eles sabem que eles cometeram um erro, e eu sabia que eu não tinha cometido um erro”, afirmou o ex-presidente.

“Se tem um brasileiro que tem razão de ter muitas e profundas mágoas sou eu, mas não tenho. A dor que eu sinto não é nada diante da dor que sofrem milhões e milhões de pessoas. É muito menor do que a dor que sofrem quase 270 mil pessoas que viram seus entes queridos morrer”, disse o petista referindo-se à pandemia de coronavírus.

“Eu quero prestar a minha solidariedade nesse entrevista às vítimas do coronavírus, aos familiares das vítimas do coronavírus, ao pessoal da área da saúde, de todos da saúde, privada e pública. Mas, sobretudo, para os heróis e heroínas do SUS que por tanto tempo foram descredenciados politicamente”, prosseguiu.

“Vocês sabem que a questão da vacina não é uma questão se tem dinheiro ou se não tem dinheiro. É uma questão se eu amo a vida ou amo a morte. É uma questão de saber qual é o papel de um presidente da República no cuidado do seu povo”, disse Lula.

Fonte: Jornal O Sul

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