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Lula volta a defender a regulação do rádio, da TV e da internet para garantir o “direito de resposta”

O pré-candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), voltou a defender a regulação da mídia no Brasil por meio de um processo de discussão com a sociedade para garantir o “direito de resposta” e o “direito de várias opiniões nos meios de comunicação”.

O ex-presidente afirmou que a sociedade não irá se “politizar” nem terá “condições de fazer juízo de valores” caso só tenha acesso às mesmas versões da mídia. As declarações foram dadas em entrevista na quarta-feira (29).

Lula tentou dissociar a ideia de regulação de censura e acusou as empresas jornalísticas de negarem o direito de resposta, previsto em lei. Ele também voltou a afirmar ter sido alvo de acusações durante a Operação Lava-Jato sem poder se defender e que precisou de “muita resiliência para aguentar a quantidade de porrada para poder provar a inocência”.

“Quando a gente fala em censura, vamos ser francos, nós passamos um período em que nenhuma acusação tinha resposta na televisão porque não se permitia. O meu advogado, o [Cristiano] Zanin, entrava com pedido de resposta, simplesmente era negado”, disse o petista.

Lula afirmou que o seu governo irá propor uma “democratização dos meios de comunicação”, sem detalhar a proposta. “A gente está falando do rádio e da televisão, a gente está falando que é preciso regular internet, mas quem vai regular, olha, vai ser a sociedade brasileira, não vai ser o presidente da República. Nós vamos ter que convocar plenárias, congressos, palestras, e a sociedade vai ter que dizer como é que precisa ser feito para a gente poder democratizar”, declarou.

“Porque a verdade é essa: nós temos nove famílias que são donas de quase todos os meios de comunicação nesse País”, completou.

Privatizações

Na mesma entrevista, Lula foi questionado se pretende realizar privatizações em um eventual terceiro mandato. Ele disse ser contra as desestatizações e afirmou que a venda de empresas públicas reflete a “incompetência” do governo.

“Sou favorável ao Estado criar empresas de economia mista, como o Banco do Brasil, como a Petrobras. Empresas que você tenha a participação da sociedade brasileira, que o governo possa até indicar a direção, mas a gestão disso ser feita por um conselho indicado pela população”, afirmou.

Segundo ele, criou-se no Brasil o “dogma de que tudo o que é do Estado não presta, tudo o que é privado é bom”. Por isso, de acordo com o ex-presidente, a população tende a considerar as privatizações como algo positivo.

Fonte: Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação, Redação O Sul 

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