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Mais ricos que jogadores, xeques curtem Copa do Mundo em lugares vazios nos estádios

Copa do Mundo no milionário Oriente Médio propõe uma curiosa inversão de valores. Por vezes, nos 56 jogos disputados até aqui, os torcedores nas tribunas de honra eram mais ricos que os próprios jogadores em campo. O mesmo não acontece nem em grandes centros europeus, de elencos estrelados, como no francês Paris Saint-Germain, time que tem as suas operações financeiras baseadas no Catar. Com um público tão endinheirado, falta o fã obcecado pelo futebol, o esporte mais popular do planeta, para cobrir espaços vazios nas arquibancadas.

Para ter uma ideia, o craque Kylian Mbappé estaria recebendo 72 milhões de euros (quase R$ 400 milhões) por ano. O valor é uma enormidade, mas ainda longe se comparado à fortuna baseada em petrodólares dos xeques do mundo árabe. Tamin bin al Thani, que governa o país depois de suceder o seu pai em uma monarquia absolutista, esteve na partida de abertura e teria fortuna avaliada em mais de R$ 10 bilhões.

Os exemplos estão entre os mais altos das duas categorias, mas outros tantos homens endinheirados, de vestes brancas, a dishdasha, que cobre todo o corpo, e gutra na cabeça, estão nas demais áreas VIPs dos oito estádios deste Mundial. O acesso a eles é para lá de restrito, mas, ainda assim, de longe é possível observar o luxo dos camarotes forrados de mármore por todos os lados e até TVs nas poltronas de frente para o campo. No Al Thumama, por exemplo, antes de França e Polônia, uma pianista tocava pendurada em uma estrutura metálica na área de hospitalidade da Fifa, com promoções de cerca de 1.345 dólares (R$ 7.000).

O presidente da entidade, Gianni Infantino, que destoa dos demais com o seu terno escuro nas tribunas, desdenhou do possível boicote de torcedores à Copa do Mundo realizada sob rígidas leis de um país muçulmano e sucessivas acusações de restrições de liberdades civis.

“Aos torcedores que não querem assistir à Copa do Mundo, digo para não assistir. Mas estou convencido de que essas pessoas vão assistir. Em uma pesquisa, é bonito dizer que você não vai assistir à Copa porque é no Catar e porque é da Fifa. Para quem gosta de futebol, nada é maior do que uma Copa do Mundo”, disse Infantino, ainda antes do Mundial.

Príncipes nas tribunas e mulheres no bulevar

O jovem Af Jal Thani, um príncipe árabe, virou uma das celebridades instantâneas dessa Copa. O menino de 15 anos seria irmão de Jassim bin Hamad bin Khalifa Al Thani, que abdicou de sua posição de herdeiro direto de um dos xeques mais ricos do mundo. O menino ficou famoso por ajeitar a sua gutra enquanto fazia gestos negativos com a cabeça na derrota do Catar para o Equador, no Al Bayt.

Nos estacionamentos dos estádios, é possível ver alguns dos modelos mais luxuosos do mercado automobilístico. Também é muito comum que homens entrem para assistir à partida e mulheres e crianças fiquem os 90 minutos ao redor dos floridos bulevares. Só não é possível ter certeza se falta interesse pelo jogo ou se trata de um padrão social.

Fonte:R7

 

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