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Mergulhada em uma inflação crônica, Argentina terá cédula de 2 mil pesos

O Banco Central da Argentina aprovou na quinta-feira (02) a emissão de uma nova cédula: a de 2 mil pesos (o equivalente a cerca de R$ 54), que será introduzida no mercado nos próximos meses.

Segundo o Ministério da Economia, a nova nota terá imagens de Ramón Carrillo e Cecilia Grierson, emblemáticos médicos argentinos, em alusão à saúde pública.

“Enquanto avança o processo de digitalização dos pagamentos, essa cédula de maior valor melhorará o funcionamento dos caixas eletrônicos e, ao mesmo tempo, otimizará a transferência de dinheiro”, informou o Bancon Central do país.

Atualmente, a nota de maior valor que circula na Argentina é a de 1 mil pesos, que foi emitida em 1º de dezembro de 2017 e é ilustrada por um hornero, ave nacional.

Segundo a imprensa argentina, não está descartada ainda a criação de uma nota de maior valor, de 5 mil pesos.

Inflação

A Argentina registrou em 2022 uma inflação anual de 94,8%, a maior em 32 anos e uma das mais altas do mundo, segundo o Instituto de Estatísticas Indec.

Os itens que sofreram os maiores aumentos de preços foram vestuário e calçados, com 120,8%, e restaurantes e hotéis, com 108,8%. Entre os que subiram menos, estão comunicação (67,8%) e habitação e serviços públicos (80,4%).

Esse nível de inflação não era registrado desde 1991, quando, em vários meses, houve aumentos interanuais de mais de 100%, após dois anos de hiperinflação superior a 1.000%, em 1989 e 1990.

A terceira maior economia da América Latina está mergulhada em uma inflação crônica de dois dígitos há uma década, um fenômeno de múltiplas causas, tanto internas quanto externas.

Para tentar conter a inflação, o governo de Alberto Fernández (peronismo de centro-esquerda) lançou em dezembro o plano de “Preços Justos”, um acordo com as empresas de alimentação e higiene destinado a congelar os preços de cerca de 2 mil itens de primeira necessidade até março e autorizar aumentos mensais de até 4% para outros 30 mil produtos.

Fonte: Foto: Banco Central da Argentina, Redação O Sul 

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