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Procurador que espancou chefe ficou sete meses sem exercer as funções por problemas de relacionamento com a equipe

O procurador Demétrius Oliveira de Macedo, de 34 anos, que espancou a chefe com socos e pontapés, já havia pedido exoneração do cargo e deixado as funções em 25 de novembro de 2020 justamente por ter problemas de relacionamento com as colegas. Ele ficou afastado por cerca de sete meses.

A informação foi confirmada pela prefeitura de Registro, no interior de São Paulo. Segundo a gestão, quando solicitou o afastamento, o procurador relatou dificuldades no convívio com a equipe da procuradoria. Disse ainda que sofria assédio moral da chefe, a procuradora-geral, Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39 anos – a vítima das agressões.

Ainda conforme a prefeitura, o procurador retornou ao cargo por decisão da Justiça, no dia 28 de junho de 2021. Ele permaneceu exercendo a função até o dia em que agrediu a procuradora-geral. A agressão teria sido motivada por um processo administrativo aberto por Gabriela contra o servidor por mal comportamento em relação aos demais colegas de trabalho.

O agressor segue preso desde o final da última semana, quando passou por uma audiência de custódia. Nesse mesmo dia, ele foi detido em um hospital psiquiátrico, em Itapecerica da Serra, também no interior de São Paulo.

Com a prisão do servidor, a procuradora diz que, agora, se sente mais segura. Ela também revelou que tem recebido muitas mensagens de apoio. “Tem me dado forças para expor essa situação, para poder encorajar cada vez mais pessoas a fazerem o mesmo, e, assim, a gente mudar esse pensamento machista e patriarcal que a gente vive na sociedade hoje”, disse.

Agressão
O caso aconteceu na última semana, na sala da Procuradoria Geral do município, na Prefeitura de Registro. Demétrius já havia apresentado comportamento suspeito e sido grosseiro com outra funcionária do setor, conforme relatado por Gabriela à Polícia Civil.

A procuradora havia cobrado providências sobre o episódio de grosseria contra uma funcionária, que estava com medo de trabalhar no mesmo ambiente que Demétrius e enviou um memorando à Secretaria Administrativa com uma proposta de procedimento administrativo.

Neste dia, foi publicada no Diário Oficial do município a criação de uma comissão para apurar os fatos. Segundo Gabriela, provavelmente foi isso que desencadeou as agressões.

Assédio moral

Após a repercussão do episódio de agressão na segunda (20), Demétrius Oliveira Macedo disse à Polícia Civil que sofria assédio moral no local de trabalho. “Ele admitiu que agrediu a vítima e alegou que assim o fez por sofrer assédio moral”, afirmou Fernando Carvalho Gregório, delegado do 1º Distrito Policial do município, em entrevista à TV Tribuna, afiliada à Rede Globo.

Nota da Prefeitura
A Prefeitura de Registro, em nota, manifestou “mais absoluto e profundo repúdio aos brutais atos de violência”, protagonizados pelo procurador.

“Reafirmamos nosso compromisso com a prevenção e enfrentamento a todas as formas de violência, principalmente aquelas que vitimizam mulheres. Os servidores da Procuradoria Geral Municipal e da Secretaria de Negócios Jurídicos receberão todo apoio necessário, inclusive acompanhamento psicológico”, escreveu.

A administração municipal disse, ainda, aos demais servidores: “recebam nosso amparo e saibam que a prática de violência é veementemente repudiada e será severamente punida”.

Fonte:O sul

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