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Na última quinta-feira (12), um acidente aéreo chocou a Índia e o mundo. A queda de um avião deixou mais de 240 mortos. No entanto, entre os sobreviventes, um caso específico chamou a atenção de especialistas em aviação e pesquisadores da área.
Vishwash Kumar Ramesh, de 40 anos, estava sentado na poltrona 11A. Apesar de ocupar um dos assentos considerados menos seguros em acidentes, ele conseguiu escapar com vida pela saída de emergência. A posição de Ramesh contrariou duas estatísticas importantes: a baixa taxa de sobrevivência na parte dianteira da aeronave e o alto número de vítimas em desastres desse tipo.
Segundo uma análise da revista TIME, publicada em 2015, os passageiros que ocupam os assentos traseiros do avião têm maior probabilidade de sobreviver a um acidente. O levantamento foi baseado em 35 anos de registros da Agência Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA). A pesquisa mostrou que a taxa de mortalidade é de:
Além disso, os assentos do meio da fileira, especialmente na cauda, apresentaram a menor taxa de mortalidade: 28%.
Em 2012, uma experiência realizada no deserto do México reforçou essas conclusões. Um Boeing 727-200 foi derrubado propositalmente por uma equipe de TV. Manequins foram colocados em todas as áreas do avião.
O impacto partiu a aeronave em várias seções. O resultado foi claro: os bonecos posicionados na cauda sofreram menos danos. Já os que estavam à frente tiveram lesões fatais. Os passageiros localizados sobre as asas teriam sérias chances de sobreviver, ainda que com ferimentos.
Apesar dos dados, especialistas reforçam que nem sempre as estatísticas determinam a sobrevivência. O engenheiro Gerardo Portela, doutor em gerenciamento de riscos aeronáuticos, explica que o tipo de acidente influencia diretamente.
“Em um pouso na água, por exemplo, a posição sobre as asas pode ser mais vantajosa, porque elas flutuam”, afirma Portela. No entanto, ele reconhece que a parte traseira geralmente oferece mais chances de sobrevivência.
Já o piloto comercial George Rocha aponta um risco adicional. Segundo ele, os tanques de combustível ficam perto das asas, o que aumenta o perigo em casos de incêndio.
Assentos quatro fileiras adiante das asas diminuem a possibilidade das chamas se direcionarem para frente, pois o movimento progressivo da aeronave, mesmo no impacto, empurra a direção das chamas para trás.
Mesmo com dados confiáveis, a sobrevivência em uma queda de avião envolve vários fatores. A posição de Ramesh, à frente das asas, não era favorável. Ainda assim, ele sobreviveu, contrariando todas as probabilidades.
O caso mostra que, embora as estatísticas ajudem na tomada de decisão, elas não garantem a segurança absoluta. Como destacou o engenheiro Portela: “É uma referência, mas não é a verdade”.
Fonte: Clic Camaquã