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Rio Grande do Sul registra queda de 18% nos feminicídios em janeiro

Considerado um dos crimes mais desafiadores para as autoridades gaúchas, os feminicídios caíram 18% no Rio Grande do Sul em janeiro, na comparação com igual período no ano passado – foram nove assassinatos de mulheres por questão de gênero, contra 11 no primeiro mês de 2022. O número é também o mais baixo para os 31 dias iniciais do ano desde 2019, quando foram registrados três crimes da modalidade.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), nenhuma das vítimas de janeiro passado estava sob medida protetiva. A pasta ressalta, ainda, que a redução do número de casos não permite baixar a guarda: além de novas estratégias de combate a esse tipo de homicídio, é fundamental a realização de denúncias de violência doméstica.

Uma das iniciativas mais recentes foi a inauguração da Delegacia Online da Mulher, em dezembro. Criada pelo Departamento de Tecnologia da Informação da Polícia Civil, a unidade permite a busca de ajuda em qualquer horário ou local. O endereço virtual é delegaciaonline.rs.gov.br.

“Além disso, no final de janeiro foi iniciado o treinamento das equipes da Polícia Civil e Brigada Militar que irão atuar no Programa de Monitoramento do Agressor, em fase de implantação e que será executado inicialmente em Porto Alegre e Canoas”, ressalta a SSP-RS. Serão disponibilizadas 2 mil tornozeleiras eletrônicas para instalação em agressores que cumprem medidas protetivas no âmbito da Lei Maria da Penha e mostram potencial de risco à mulher.

Ao longo do ano passado, 106 gaúchas perderam a vida em feminicídios, contingente 10,4% superior ao contabilizado em 2021, quando o número de casos chegou a 96.

Latrocínios

Com um caso em janeiro (em Porto Alegre), os índices de latrocínio – roubo com morte – chegaram ao menor patamar da série histórica no Rio Grande do Sul para o primeiro mês do ano. Frente aos quatro casos registrados no mesmo período do ano anterior, a queda é de 75%. Em 2022, a capital gaúcha não havia registrado esse tipo de crime.

“O combate aos crimes patrimoniais, como assaltos e roubos de veículos, tem sido tratado como uma das prioridades”, garante titular da Segurança Pública estadual, Sandro Caron. “Essa integração das forças policiais, que marca o programa ‘RS Seguro’, reforça justamente o os crimes violentos contra o patrimônio, impactando diretamente na redução dos latrocínios.”

Ele acrescenta: “Assim como o trabalho investigativo da Polícia Civil para elucidação de crimes, o policiamento preventivo e ostensivo da Brigada Militar também reflete na diminuição de roubos a pedestres e de veículos”.

Homicídios

Porto Alegre também registrou queda de homicídios em janeiro, no comparativo com o mesmo período de 2022. Após conflitos entre grupos criminosos que impactaram no aumento de mortes violentas no ano passado, as ações de combate realizadas pelas forças de segurança do Estado foram visíveis neste primeiro mês do ano. Foram 21 assassinatos, contra 26 no primeiro mês do ano passado –  redução de 19,2% .

A desaceleração nos conflitos e a queda nos indicadores são resultados das ações desenvolvidas pelas forças de segurança do Estado. Enquanto a Brigada Militar reforçou o policiamento ostensivo, a Polícia Civil intensificou as investigações e operações para prender suspeitos e apreender armas, sufocando os grupos criminosos.

No Estado como um todo, também foram computados dois homicídios a mais em janeiro, em comparação a 2022, alta de 1,8%. No final do mês passado, uma operação integrada das forças de segurança foi desencadeada em 30 municípios do Rio Grande do Sul, nas regiões Metropolitana, Vale do Rio dos Sinos, Central, da Serra, Litoral e Fronteira Oeste do Estado.

A operação também teve foco no cumprimento de mandados de busca e apreensão, captura de foragidos do sistema judiciário, ações de inteligência para identificar potenciais alvos para subsidiar futuras representações judiciais, realização de barreiras, reforço no policiamento de zonas estratégicas, implementação de ações de visibilidade, fiscalização a estabelecimentos comerciais e redução dos Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLI). Mais de 5,3 mil policiais civis e militares participaram das ações da operação integrada.

Dentro das premissas do Programa Transversal e Estruturante da Segurança Pública (RS Seguro) a ação integrou as forças de segurança para combater o crime organizado, com a captura de foragidos e apreensão de drogas e dinheiro. Foram abordadas 14.919 pessoas, apreendidas drogas, armas e um total de R$ 154,7 mil. Em três dias de operação integrada foram presas 364 pessoas.

Fonte: (Marcello Campos) Foto: EBC, Redação O Sul 

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